A arte de ser jornalista
Ana Luiza Abdala José, estudante de Jornalismo do Ielusc, em relato a partir do filme “O Escafandro e a Borboleta”
Um jornalista pode ter talento, mas ele não exerce bem sua função se não for um bom observador e não souber usar a memória. Para escrever, não basta ter mãos. É preciso muito mais que isso. Primeiramente, é preciso observar o mundo com outros olhos, observar um mundo que os outros não conseguem ver.
Para escrever, são necessários dedicação e inspiração. Inspiração essa que alguns têm ao ouvir música, ao ler um livro ou um jornal, ao ver um filme. Para alguns, é preciso passar por uma situação difícil para querer colocar as emoções no papel.
Como no filme, algumas pessoas só passam a enxergar um mundo diferente quando não podem mais fazer parte de seu próprio mundo. É a partir daí que podem surgir muitas novas ideias. Mas, como dito no filme, “um texto não existe até que seja lido”. Não adianta escrever ótimos textos e mantê-los em segredo. A magia da escrita está justamente nessa conexão com o leitor.
Emoções podem ser transformadas em palavras, fatos do cotidiano podem virar textos, mas se não forem lidos será como se não existissem, como se fossem relatos seus para você mesmo. Seria o mesmo que escrever uma música e não ter ninguém para ouvi-la, produzir um filme e não ter ninguém para vê-lo.
Um jornalista quer escrever tudo o que vê, sempre que puder. E, para ser um jornalista completo, precisa de alguém para ler o que escreve. E o jornalista tem que fazer o possível para se conectar com o leitor. Até porque, o que seriam dos jornalistas sem os leitores?
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