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29out
A expectativa de vida do brasileiro vem crescendo, e essa é uma boa notícia. Mas, entre os homens, a média é inferior à das mulheres: 73,1 anos para eles, 79,7 para elas, segundo dados do IBGE. O indicador diz muito sobre os cuidados do homem com a própria saúde. Na opinião do médico da família Nello Chescon Neto, que atua no Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), quase sempre são as mulheres que insistem com seus companheiros para prestar atenção na saúde – e não raro os acompanham às consultas e exames. O profissional alerta para a influência do fator cultural: homem não chora, não pode ficar doente nem demonstrar fraqueza.
A Medicina de Família trabalha com base na prevenção o ano todo, conscientizando as pessoas quanto aos cuidados com a saúde. “No Novembro Azul, aproveitamos a campanha maciça das mídias para atingir este ser de difícil autocuidado, o homem”, diz Nello, salientando que diversas doenças, em sua fase inicial, na maioria das vezes com intervenções simples e fáceis, mudam completamente o curso, e muitas vezes a cura se estabelece. Ele exemplifica com o câncer colorretal: um exame rotineiro permite que, de forma precoce, a cura seja instaurada.
O profissional aproveita o momento da consulta para trazer à tona questões de saúde e aconselhar os pacientes a praticar exercícios físicos, alimentar-se corretamente, evitar bebidas alcoólicas e o tabagismo, além de manter o lado emocional em dia, lembrando que as doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo. Nello ressalta ainda que o câncer colorretal está entre as doenças com maior chance de prevenção.
Apesar de todas as campanhas e informações disponíveis sobre o assunto, muitos homens, por conta do preconceito que envolve o exame e por não levar a sério possíveis sintomas, são diagnosticados quando a doença já está em estados mais avançados, o que leva a uma taxa alta de óbitos.
No Brasil, o Novembro Azul foi criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com o objetivo de combater o preconceito masculino de ir ao médico. O instituto realiza ações em todo o Brasil, com a iluminação de pontos turísticos, adesão de celebridades, ativações em estádios de futebol, corridas de rua e autódromos, além de palestras informativas, intervenções em eventos populares e pedágios nas estradas.
29out
Durante seis meses, uma equipe de pesquisadores visitou dez cidades catarinenses com raízes germânicas para mapear a cadeia produtiva de 20 pratos típicos oferecidos em estabelecimentos tradicionais – a maior parte, restaurantes. Nascido em Joinville, o projeto que ocorre no ano em que se comemora o bicentenário da imigração alemã no Brasil buscou levantar a rede de saberes, fazeres, sabores, cores e aromas que envolve o preparo dos pratos selecionados, todos com pelo menos 30 anos de história, e em que medida preservam conexões com as receitas originais. O trabalho gerou um documentário, um livro e um site que serão lançados na Sociedade Harmonia Lyra, no dia 29 de outubro, às 19h30. No evento, os idealizadores apresentam um teaser do documentário, que poderá ser assistido na íntegra já no dia 30, às 10h30, em sessão especial no GNC Cinemas do Garten Shopping, com entrada franca.
A produtora Marisa Toledo, da Agência Cultural AqueleTrio, responsável pelo projeto, salienta que um dos principais legados foi constatar que os pratos mapeados passaram por adaptações, ao longo dos anos, ajustando processos e ingredientes à realidade brasileira. “Com orgulho, podemos afirmar que temos uma comida teuto-brasileira, que a nossa cultura é diversa, plural, e que abarca coisas novas, transformando-se, de modo a representar um povo, um lugar, um território. Tomar consciência disso é nos aproximar da nossa identidade, um autorreconhecimento enquanto nação”, avalia Marisa, convicta de que os subsídios recolhidos podem ajudar a desenhar políticas públicas cada vez mais consistentes para a cultura.
Na visão da coordenadora técnica Helga Tytlik, consultora em economia criativa e da cultura, o trabalho mostrou a “riqueza imensurável” da gastronomia teuto-brasileira de Santa Catarina, com sua contribuição expressiva para a sociedade, “no simples ato de degustar um prato e, junto com ele, histórias, lutas e interligações”. De janeiro a junho, a equipe comandada por Marisa e Helga visitou estabelecimentos tradicionais em Joinville, Campo Alegre, Corupá, Jaraguá do Sul, Blumenau, Schroeder, Timbó, Brusque, Pomerode e São Pedro de Alcântara.
De autoria do escritor Jura Arruda, o livro sobre o projeto, com 120 páginas, trará, além de fotografias de todos os pratos pesquisados, contos baseados em histórias ouvidas nas visitas aos locais de produção, mesclando realidade e ficção e contemplando o universo humano presente em cada empreendimento. “Histórias que acalentam, de convívio familiar e de afeto, mas também de vida dura, trabalho e privações”, resume o autor.
Já o documentário, assinado por Hilton Maurente e Adriano Maio, da Mídia Quatro Filmes, compila relatos dos empreendedores que fizeram parte do projeto e o depoimento da equipe de produção. Com mais de 50 horas de gravação, Maurente confessa que o maior desafio foi o da edição final: “É um processo bacana, mas, ao mesmo tempo, uma tormenta. Precisamos cortar falas carregadas de memórias e superação”, afirma o produtor. “Espero que o resultado contemple um projeto que foi tão saboroso, em todas as suas etapas.”
Sobre o projeto
“Saberes e Fazeres da Gastronomia Germânica – uma Abordagem Territorializada” é um projeto realizado pela Agência Cultural AqueleTrio, por meio do Programa de Incentivo à Cultura, o PIC, do Governo do Estado de Santa Catarina, aprovado pela Fundação Catarinense de Cultura, e conta com o apoio de Hotel Tannenhof, Garten Shopping e o incentivo de Havan, Urbano Alimentos, Ciser e Celesc.
Instagram do projeto: @gastronomia_identitaria
23out
A manhã do próximo sábado, 26, promete ser das mais divertidas para os pacientes renais que fazem hemodiálise na Fundação Pró-Rim, em Joinville. Dois simpáticos agentes da alegria, os voluntários Taisa Baumer Estrela e Tiago Ubirajara Borges, do grupo Hospirrisos, visitam as áreas da instituição, em uma das ações da Semana do Paciente Renal, iniciativa da Pró-Rim. Ligado ao Pró-Humano, programa de humanização do Hospital Dona Helena, o grupo costuma circular pelos diversos setores, promovendo o riso e a alegria. Recentemente, os voluntários estiveram no Hemosc Joinville, para uma ação semelhante.
“Estar internado ou realizando tratamentos e procedimentos de forma contínua, como no caso dos pacientes renais, pode trazer à tona sentimentos que vão desde a impotência e a ociosidade até tristeza e humor deprimido”, afirma a psicóloga Maria José Varela Ferrari, coordenadora do programa. “Interromper esses pensamentos com ações que aparentemente não têm a ver com o tratamento gera momentos de ressignificação e contribui para a produção de neurotransmissores de bem-estar, como as endorfinas, reduzindo estresse, aliviando dores e aumentando a sensação de felicidade. Rir é um ótimo remédio para o corpo e para mente.”
22out
Prestes a completar 108 anos, em 12 de novembro, o Hospital Dona Helena anuncia a implementação de duas clínicas de atendimento especializado e multidisciplinar fora da unidade central. A primeira será inaugurada ainda em 2024, no Perini Business Park. E a segunda será integrada ao Shopping Estação Joinville, projeto do Grupo Zonta para revitalização do antigo Shopping Americanas, anunciado nesta terça-feira, 22.
Instalada em um espaço de 350 metros quadrados, com funcionamento previsto para segunda a sábado, das 6h às 21h, seu foco serão áreas específicas, como pronto-consulta e dor, contemplando triagem, coleta de exames laboratoriais, terapias complementares e ambulatórios.
Médicos especializados em dor, clínica geral, técnicos de enfermagem, enfermeiros e terapeutas farão parte da equipe. “Pela primeira vez em 108 anos, o Hospital Dona Helena sai da sua tradicional localização, na Rua Blumenau, levando os nossos serviços para mais perto da comunidade”, detalha José Tadeu Chechi, diretor geral do Dona Helena.
“Identificamos uma demanda relevante por atendimento a pacientes em condições crônicas de dor e ter médico a qualquer momento, mesmo sem agendamento, ou ainda pacientes que necessitem exames laboratoriais e tratamentos terapêuticos específicos.”
A previsão de abertura da clínica no Shopping Estação Joinville é no primeiro semestre de 2025.
14out
Gislaine Engelmann, nutricionista clínica do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC)
Nesta quarta-feira, 16 de outubro, celebramos o Dia Mundial da Alimentação, uma data que nos convida a refletir sobre um dos direitos humanos mais fundamentais: o direito à alimentação. O tema central, neste ano, é “Direito aos alimentos para uma vida e um futuro melhores”, enfatizando a importância de garantir que todos tenham acesso a alimentos nutritivos e suficientes, essenciais para a saúde e o desenvolvimento.
Os quatro pilares que orientam as discussões neste dia são: melhor nutrição, melhor produção, melhor ambiente e melhor qualidade de vida
Vamos explorar cada um deles, relacionando-os à nossa realidade cotidiana.
Melhor nutrição
A nutrição adequada é vital para o nosso bem-estar. Estudos mostram que uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, está diretamente ligada à prevenção de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. No entanto, muitas pessoas ainda enfrentam a insegurança alimentar, ou seja, a falta de acesso a alimentos suficientes e nutritivos. Isso pode ser consequência de fatores econômicos, sociais e ambientais. É fundamental que políticas públicas e iniciativas sociais sejam implementadas para garantir que todos tenham acesso a uma alimentação de qualidade.
Melhor produção
A forma como produzimos alimentos também impacta diretamente nossa saúde e o meio ambiente. A agricultura sustentável e práticas de cultivo responsáveis são essenciais para garantir que as futuras gerações possam desfrutar de uma alimentação saudável. Isso envolve desde a escolha de técnicas que preservem o solo e a água até a promoção da biodiversidade. Além disso, o desperdício de alimentos é uma questão crítica: cerca de um terço dos alimentos produzidos globalmente é perdido ou desperdiçado. Reduzir esse desperdício é uma ação necessária para melhorar a eficiência da produção e garantir que mais pessoas tenham acesso a alimentos.
Melhor ambiente
A relação entre alimentação e meio ambiente é inegável. O impacto da produção de alimentos no aquecimento global e na degradação ambiental exige uma reflexão sobre nossos hábitos alimentares. Optar por alimentos locais e da estação, além de reduzir o consumo de produtos de origem animal, pode ajudar a minimizar essa pegada ecológica. A agroecologia e a permacultura são exemplos de práticas que promovem a saúde do solo e a biodiversidade, criando um ciclo sustentável que beneficia tanto os produtores quanto os consumidores.
Melhor qualidade de vida
Por fim, a qualidade de vida está intrinsecamente ligada à nutrição e à segurança alimentar. A alimentação não é apenas uma necessidade biológica, mas também uma experiência cultural e social. Promover uma alimentação saudável pode melhorar não só a saúde física, mas também o bem-estar emocional e social. Atividades comunitárias que incentivam a agricultura urbana, como hortas comunitárias, são exemplos de como podemos unir as pessoas em torno do acesso a alimentos frescos e nutritivos.
Ao celebrarmos o Dia Mundial da Alimentação, é crucial que cada um de nós reflita sobre nosso papel na promoção do direito aos alimentos. Seja apoiando produtores locais, reduzindo o desperdício ou educando-se e aos outros sobre nutrição adequada, pequenas ações podem levar a grandes mudanças. Juntos, podemos trabalhar para um futuro no qual todos tenham acesso a alimentos saudáveis, sustentá-veis e dignos, assegurando não apenas a sobrevivência, mas uma vida plena e saudável para todos.
Vamos celebrar este dia com um compromisso renovado: o direito à alimentação é um direito de todos, e todos nós podemos contribuir para que isso se torne uma realidade.