Arquivo da Categoria Empreendedorismo
12fev
Parcerias com empresas de vanguarda são ingrediente relevante para o sucesso de empreendimentos como o Instituto Senai de Inovação em Sistemas de Manufatura, inaugurado na semana passada. O foco do instituto é exatamente o de oferecer apoio às indústrias inovadoras para a melhoria de processos e o desenvolvimento de produtos, incrementando a competitividade. Nesse circuito, a Ciser, fabricante de parafusos, já realizou três projetos de inovação ao lado do Senai – e mais três estão em andamento. O gerente de inovação da companhia, Guido Ganassali, ressalta que um dos destaques é o projeto de fixadores inteligentes, que poderão medir a tensão exata e monitorar em tempo real a condição de aperto de uma junta. O trabalho, que envolve alta tecnologia, tem participação, também, de pesquisadores da PUC-PR. Internamente, a Ciser criou um time multidisciplinar de inovação para absorver e apoiar a aplicação da nova tecnologia.
Assessoria de imprensa Ciser. Jornalista responsável: Guilherme Diefenthaeler (reg. prof. 6207/RS). Tel. (47) 3025-5999.
13jun
Texto: Paulo Vieira Lima
Fonte: Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa 2012, p. 142
“A ascensão social e o crescimento econômico vivenciados em nosso País têm permitido a entrada de milhares de novos consumidores no mercado. Quando falamos do universo da comunicação corporativa, esse fato impacta diretamente no aumento da necessidade de diálogo entre a empresa e esses novos consumidores”, diz a executiva Regina Gobbo. De acordo com ela, adicionalmente, como consequência da entrada de mais consumidores no mercado, há um crescimento considerável dos contatos junto ao Serviço de Atendimento ao Consumidor das empresas, maior cobrança em relação às práticas de responsabilidade social e prestação de contas, além das menções espontâneas nas redes sociais. Esses são apenas alguns exemplos resultantes da ascensão da classe média que podem impactar diretamente na reputação das empresas.
Para Regina é “fundamental que empresas e marcas tenham um posicionamento bem definido, além de práticas de comunicação ágeis e precisas para conseguirem atender com sucesso aos anseios dos novos consumidores”.
Se há similaridade entre os novos consumidores e as micro e pequenas empresas quanto à sua importância na economia, não é preciso recomendar que esses dois atores sociais recebam da mídia o mesmo tratamento. Os veículos de informação abrem espaço para mostrar o potencial de consumo entre os consumidores emergentes, mas o mesmo não ocorre quando uma empresa de pequeno porte precisa ser divulgada.
Trata-se de uma dificuldade recorrente e que pode ser superada com pró-atividade da assessoria, a partir de uma boa estratégia que contribua para transformar essa micro ou pequena empresa em notícia, recomenda Kátia Penteado, da Vetor. Um dos caminhos mais seguros para isso é a aproximação com a mídia especializada. Tão logo o cliente da assessoria adquira status de fonte de informação, é natural que a mídia em geral a procure para obter dados para matérias. Será a fase em que é importante citar experiências bem sucedidas e que possam motivar para pautas exclusivas.
(…)
No bojo de todos esses fatores está a constatação de que a comunicação que faz a boa imagem das grandes corporações pode se adequar à linguagem de um segmento da população que não quer só comida. Quer diversão, arte e um tratamento digno, o que representa um sinal de possibilidades de trabalho para quem trabalha com a atividade econômica que faz a ponte entre fontes de informação e veículos de comunicação.
27mar
Texto: Fátima Turci
Fonte: Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa 2012, p. 128
Reputação é “o alicerce que constrói a confiança entre a sua empresa e o ecossistema; a razão pela qual as pessoas e as organizações fazem negócios com você”, define Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa. (…) Só será consolidada, porém, com uma conjunção de atributos como os elencados por Edemir: transparência, governança, qualidade e integridade da administração, cultura corporativa, sistemas de gestão de risco, práticas de negócio, solidez financeira e satisfação dos clientes. (…)
Manter a reputação de seriedade é vital para qualquer empresa, mais ainda para alguns segmentos que vendem serviços, ou confiança, como destaca Betina Moreira, diretora da UHY Moreira Auditores. Portanto, a comunicação fica com o papel de solidificar a identidade e disseminar a imagem.
Não mudaram apenas as ferramentas – incluindo nomes nunca dantes navegados como facebook, tablets, twitter, intranet, podcast, blogs, linkedin -, mas também com quem fazer a ligação, com quem falar: os stakeholders. Antes bastavam apenas alguns formadores de opinião para atingir seu público-alvo. Hoje, sabe-se, como destaca Edemir, que reputação e confiança não se limitam aos clientes. “Influenciam a sua capacidade de atrair e reter funcionários, investidores e parceiros; afetam a sua relação com reguladores, grupos de pressão, mídia e as comunidades em geral”.
Comunicação ganha assim uma missão árdua e ousada, assinala André Dias, presidente da Monsanto: “Cria uma legião de admiradores e apaixonados pelo que fazemos”. Esse orgulho a que ele se refere não e apenas para vender produtos, mas para atrair e reter talentos, dilema hoje de todas as empresas diante do crescimento econômico e da mobilidade pessoal. “Benefícios e salários não bastam e aí entra a comunicação, ajudando a engajar colaboradores, atuais e potenciais, na missão da empresa”. Dessa forma é indispensável ter uma comunicação integrada para garantir homogeneidade da própria reputação.
20mar
Texto: Fátima Turci
Fonte: Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa 2012, p. 127
Ela não é mais a mesma! Não e apenas diferente, é outra. Dinâmica, democrática, popular, segmentada, viral. Usa palavras novas, além da linguagem digital. Ganhou poder e status. É hoje parte dos negócios das empresas. Comunicação Corporativa?
Para entender quem é ela não adianta recorrer ao dicionário ou ao google. Vamos analisar um exemplo de retorno de suas ações:
- Sair de 0% de recall (conhecimento de marca) para 91%;
- Obter entre 84% e 90% de intenção de compra, em períodos sem ações de promoção e marketing de produtos.
- Ampliar o valor de mercado das ações da empresa em 144%;
- Assegurar 100% de atendimento a demandas de imprensa e ser eleita, por 25 mil jornalistas, como a melhor empresa que se comunica;
- Obter média anual superior a 97% de matérias positivas nos diversos veículos de comunicação do País;
- Ter um valor atribuído à marca corporativa de mais de R$3 bilhões, figurando entre as 25 de maior valor no Brasil.
Precisa mais? Claro que sim, enfatiza o próprio articulador desse desempenho da Bunge Brasil, Adalgiso Telles, diretor de Assuntos Corporativos: “Reputação precisa ser construída dia a dia e ter consistência entre o que se comunica e o que se pratica. Uma comunicação pode fazer isso, mas não por si só”. Ela não cria o que não existe ou, como enfatiza Rogério Amato, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo e da Associação Comercial de São Paulo, “não vende o que não tem”. (…)
Cientes desse preceito, grandes líderes e corporações já compreenderam o lugar da comunicação. “Não é mais adjunta, é parte fundamental da gestão no processo de decisão”, complementa Amato. (…)
Além disso, essa nova comunicação tem uma abrangência nunca antes experimentada, vista hoje como um grande leque, sob as mais diversas denominações. Ela engloba ferramentas como assessoria de imprensa, comunicação interna, eventos, marketing, redes sociais e mídia digital. Essa abrangência leva a uma atuação geral e ao mesmo tempo segmentada. Embute ainda uma visão mais aberta. “Uma das facetas mais delicadas do processo de comunicação é o que nos parece lógico, mas talvez não seja para outra pessoa”, adverte Luis Lacerda, sócio do Grupo Pontos de Conexão.
Com essa complexidade, prossegue Amato, a tarefa não é para amadores. “Mais do que pôr a informação à disposição, é preciso compartilhá-la de forma ágil, sucinta e atrativa”, diz Flavio Meneghetti, presidente da Federação Nacional de Distribuição de Veículos (Fenabrave). A exigência de profissionalismo, no entanto, ainda está distante da realidade se traduzida nos contidos investimentos na área. (…) Não se pode negar que a trajetória da comunicação avançou de forma significativa nos últimos anos. No entanto, nem sempre acompanhou lado a lado a velocidade do crescimento econômico de suas instituições. Com honrosas exceções, prevalece ainda um abismo entre o discurso e a prática. A boa notícia é que a conscientização de sua importância está presente na alta direção de todas as empresas ouvidas. O grande desafio é transformar boas intenções em ação.

14mar
Texto: Gustavo Wrobel
Fonte: Aberje
O mundo da comunicação e das relações públicas está vivendo, em muitos aspectos, uma idade de ouro, a partir das contínuas inovações tecnológicas que influenciam os hábitos da opinião pública e, consequentemente, a prática dessas profissões. Há apenas dez anos, nossas práticas habituais eram muito mais simples, conhecidas e rotineiras. O tema está se tornando cada dia mais complicado, mas também muito mais emocionante e divertido.
Vamos fazer uma rápida revisão, para nos permitir compreender a situação. No começo do século 21, a internet deu um salto qualitativo gigante, ao passar de sua forma tradicional à nova internet 2.0, que permite uma inter-relação muito superior com os leitores. Como consequência, surgem os blogs, redes sociais, comentários de leitores etc. Paralelamente, explode o fenômeno dos smartphones, tablets e notebooks. O consumo de internet, tanto para ler, quanto para agregar informações, transforma-se em móvel. Os usuários migraram de “leitores de papel” para “leitores de telas” e começaram a ver notícias onde quer que estejam. A circulação de dados e informações na internet cresce de modo exponencial, alcançando limites inéditos.

Os profissionais de comunicação, por sua vez, viram-se obrigados a enfrentar o desafio de se adaptar às novas tecnologias, compreendê-las e aprender a usá-las. Trata-se de uma questão de sobrevivência como profissionais. Quando tudo parecia estar novamente sob controle, surge, entretanto, uma nova pergunta: se os usuários estão lendo cada vez mais na internet, que por sua vez aumenta sem parar a quantidade de informações disponíveis, como fazer para chamar a atenção do meu público? A resposta, nesse contexto, é evidente: com a criação de conteúdo estratégico.
Nos últimos dois anos, esse é o tema da moda entre os profissionais de comunicação e de relações públicas dos países desenvolvidos. Diante de um mundo saturado de informações, a criação de conteúdo estratégico se torna o caminho natural para as organizações que desejam afetar proativamente, de maneira positiva, seus públicos. Nos países anglo-saxões, já existem buscas profissionais para gerentes de comunicação e conteúdo – uma completa redefinição da profissão.
Vamos definir, então, o que é, para que serve e o que caracteriza a criação de conteúdo estratégico. No mundo atual, os profissionais de comunicação são, mais do que nunca, “contadores de histórias” (storytellers, em inglês). Em um contexto saturado de informações, criamos histórias que interessam aos meios de comunicação e que, além disso, podem ser publicadas em redes sociais e em blogs. Essas histórias devem ser interessantes para nosso público e, eventualmente, estar em formatos que chamem sua atenção e o convidem à leitura. Dessa forma, ganharemos uns minutos de seu tempo, ante uma enorme quantidade de informações com que competimos. Se chamarmos a atenção do público, que nos dedicou alguns minutos para ler nossa história, já teremos alcançado um importante resultado. Se, além disso, a história o seduziu, gerou uma percepção favorável sobre nossa empresa ou marca e, eventualmente, originar um desejo de compra, já podemos nos dar por satisfeitos, pois alcançamos 100% do objetivo.
O conteúdo é realmente estratégico, se cumprir uma série de objetivos. Em primeiro lugar, está claro que o objetivo perseguido é em termos de reputação ou de negócios. Todo conteúdo tem um fim persuasivo: tenta gerar um impacto positivo em nosso público. Mas esses objetivos, no entanto, nem sempre são fáceis de medir. No entanto, uma possibilidade que está ao nosso alcance é que o artigo conduza o leitor a um conteúdo mais especializado, um vídeo ou então leve a outras páginas de nossa empresa, para aprofundar seu interesse e gerar um compromisso maior.
Para chegar a esse ponto, contudo, é necessário realizar um processo que inclui: 1) chamar a atenção do nosso público; 2) atrair seu interesse para o tema; e 3) fazer com que se comprometa a pesquisar mais informações.
Para chamar a atenção do público, é necessário recorrer a recursos que nos diferenciem da imensidão de informações que circula atualmente. Se falarmos de um anúncio na imprensa ou de uma publicação em um blog, o título deve ser original e chamativo. Também podemos recorrer a imagens diferentes das quais o público está acostumado a ver. Fotos, vídeos, infográficos e quadrinhos são algumas das possibilidades às quais nos referimos.
Uma das características da internet é que os leitores só leem fragmentos de notícias. Portanto, devemos fazer o necessário para que o tema lhes interesse até o ponto de continuar lendo as informações. Como isso é possível? O conteúdo deve estar entre os interesses do público, tanto na escolha do tema quanto em seu enfoque. Por exemplo, a maioria dos compradores de tecnologia das empresas não está, a priori, interessada nas tecnologias que seus fornecedores querem vender a eles. Por outro lado, esses compradores estão muito interessados em soluções para seus próprios problemas. Se um conteúdo oferecer justamente isso, chamará a atenção desse leitor. Como exemplo concreto, os casos de sucesso bem realizados, depoimentos, webinars e outros recursos.
Ao chegar a esse ponto, é bem possível convencê-lo a buscar mais informações. A empresa deve facilitar esse processo, agregar links para outros sites em que ele possa encontrar informações mais precisas, como white papers, guias técnicos, demonstrações e, claro, a possibilidade de entrar em contato com os funcionários da empresa.
Em síntese, a internet gera o desafio de contar com uma estratégia de conteúdo ativa e constante. Mas isso significa, como dizem alguns colegas nos países desenvolvidos, que está nascendo uma nova disciplina, a de Comunicação, Relações Públicas e Marketing? Talvez seja cedo para ter uma opinião conclusiva. O que está claro é que se trata de uma ferramenta estratégica, da qual as organizações que praticam comunicações modernas não poderão prescindir.