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Arquivo da Categoria  Na academia

27set

Três dias de imersão na ética da vida

Texto: Letícia Caroline

O termo bioética ainda é pouco difundido, restrito a atuação na área da saúde. Poucos sabem que a “ética da vida” é muito mais abrangente e pode ajudar em uma série de questões da sociedade moderna. Em três dias de participação no 10º Congresso Brasileiro de Bioética, pude ver muitos médicos, mas também vários sociólogos, filósofos, advogados, assistentes sociais, psicólogos, preocupados em estudar essa área para encontrar soluções para dilemas ambientais, físicos e mentais, trazidos com a evolução histórica e o surgimento de tecnologias cada vez mais avançadas.

A relação médico-paciente foi discutida várias vezes durante o evento, demonstrando a necessidade de se humanizar esse diálogo. José Marques Filho, conselheiro do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), buscou no juramento de Hipócrates, proferido por todos os formandos de medicina, a palavra latina philia, que diz respeito à amizade e ao amor necessários no atendimento. Será que essa philia só precisa ser resgatada no atendimento médico? Quantas vezes deixamos de nos dedicar a alguém pelo simples fato de não conseguir organizar o tempo, colocando a culpa na “correria da vida”?

É nessa “correria da vida” que somos obrigados a fazer escolhas, que depois percebemos serem contra nossos valores. Você já pensou no seu comportamento ético? Quais valores são importantes? Temos sim tempo para deliberar, como gosta de usar o termo o professor Diego Gracia, da Espanha. Por que não parar para analisar conflitos inerentes à rotina, levando em consideração os juízos de valor, nossas objeções e opiniões? Não precisamos estar 100% certos, mas temos meios para tomar decisões prudentes, que não prejudiquem nossa consciência e contribuam para o bem-estar dos outros ao redor.

É como falou a professora Karla Amorim, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da importância de cuidar de si para cuidar do outro. Para ela, no meio de um mundo em que preza pela autossuficiência e por valores efêmeros, vamos perdendo a sensibilidade, a criatividade e a capacidade de conviver. É preciso cultivar a resiliência e a humildade para conseguir nos religar com o outro, com a comunidade, a sociedade e nossa essência.

Em meio a tantas novidades e avanços, já se fala em práticas de melhoramento da capacidade cerebral. Pense em como seria tomar uma pílula que aumentasse a agilidade do pensamento? Um exemplo parecido pode ser visto no filme “Sem Limites”, com o ator Bradley Cooper. Ao mesmo tempo, é preciso refletir sobre os valores éticos e morais envolvidos nessas ações. Como seria se tivéssemos um aparelho que, com análise de processos cerebrais, detectasse quando alguém fala uma mentira? Os tribunais poderiam utilizá-lo durante julgamentos? Esse foi um dos exemplos dados pela professora Cinara Nahra, da UFRN, perguntando-se: “O Estado tem direito de invadir nosso cérebro? Nós temos livre arbítrio?”.

Para além da área da saúde, em que tem ajudado a levantar muitos temas polêmicos, a bioética pode ser um guia para conflitos diários, ajudando a refletir sobre a convivência humana e resgatando nossas melhores características e talentos.

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16jun

Jornalistas apresentam experiências em pós-graduação

O jornalista Guilherme Diefenthaeler, diretor da agência Mercado de Comunicação, de Joinville, é um dos palestrantes do primeiro seminário avançado de 2011 na pós-graduação em Gestão da Comunicação Pública e Empresarial, uma realização da Universidade Tuiuti, em convênio com o Instituto Superior de Comunicação (ISCOM) e com apoio da Associação Catarinense de Imprensa (ACI). Neste sábado, a partir das 10h30, Diefenthaeler fala sobre a prática do jornalismo no meio corporativo, apresentando uma síntese das conclusões do estudo que deu origem ao livro “Jornalismo Empresarial: Isso É Possível?” (editora Mercado de Comunicação, 2010). Outros três profissionais compartilham experiências ao longo do seminário, que se inicia nesta sexta-feira à noite, no campus da UFSC, em Florianópolis: Carlos Stegemann, diretor da PalavraCom, que trata de assessoria de imprensa; Déborah Almada, da AllPress, com uma apresentação sobre agências de comunicação; e Geraldo Lion, da ExpecTV, sobre mídia training. O curso tem a coordenação do professor Aldo Schmitz.

Assessoria de Imprensa Mercado de Comunicação

06mai

Marketing Digital, Merchandising e Criação marcaram a segunda noite do Eppa 2011

*Texto recebido da Assessoria de Imprensa do Eppa 2011.

Dando continuidade à programação do 7º Encontro de Publicidade e Propaganda Acadêmico, os participantes acompanharam três palestras nesta quinta-feira (05/05). A noite começou com Olimpio Araujo Junior, diretor da OAJ Gestão de Marketing e Fundador da rede social “GestordeMarketing.com”. O palestrante apresentou o tema “O papel dos Publicitários no Marketing Digital”, que demonstrou a importância de as empresas se adequarem a este novo canal de relacionamento com o consumidor, sobretudo por seu baixo custo. “É possível reduzir em até 80% os custos com comunicação e marketing utilizando a web”, revelou Olimpio.

Em seguida, foi a vez de Regina Blessa, consultora especializada em merchandising. A palestrante fez uma elogiada apresentação sobre as técnicas e estratégias de merchandising no ponto de venda e mostrou uma série de cases de sucesso, além do que não deve ser feito no PDV. Segundo Regina, “é preciso dar aquilo que o cliente quer, de uma maneira gostosa e bonita.” Para encerrar a noite, os sócios Marcelo Fausto e Marcos Moreira apresentaram as estratégias de criação do Estúdio Nagô, o primeiro estúdio de fotografia e ilustração a se consolidar com foco no mercado da moda em Santa Catarina.

Nesta sexta-feira, o Eppa receberá dois profissionais de peso para fechar a semana de palestras. Ana Iwancow, publicitária com experiência de 29 anos em agências de publicidade e veículos de comunicação, abordará o tema “Mídia”. Para discutir sobre TV Digital, o evento receberá Romeiro Vieira da Rosa, diretor de operações da TV Digital da RBS/SC, que vai mostrar na prática a nova tecnologia digital. Os organizadores do Eppa 2011 informam que a palestra ”Estratégias Digitais”, que seria ministrada por Fabiano Goldoni, foi cancelada por motivos alheios ao controle e à organização do evento. A organização lamenta e pede desculpas aos participantes pelo ocorrido.

Na noite de hoje, entre as duas palestras, também serão revelados os ganhadores do Prêmio Exit/IELUSC, concurso que premiará as melhores peças publicitárias produzidas por acadêmicos sobre o tema “Maltratar é irracional”, referente aos maus tratos aos animais. Os participantes terão uma boa surpresa na apresentação do prêmio, que será comandada por um personagem especial. Para quem não puder comparecer, o conteúdo pode ser acompanhado pelos tweets do Eppaminondas, o mascote do Eppa, em @eppa2011.

No sábado pela manhã, o evento inicia com os diversos workshops, no BOM JESUS/IELUSC. Para os interessados em participar, há vagas disponíveis por R$15. O Eppa encerra suas atividades em 2011 com um almoço comemorativo durante a tarde, reunindo acadêmicos e profissionais nas Cabanas do Oásis (Rua Agrolândia – bairro Glória). Mais informações no site  www.eppa.ppg.br.

03mar

O mau negócio de derrubar preços

Especialistas ouvidos pela Mega Brasil para o Anuário Brasileiro das Agências de Comunicação alertam para o mau negócio de derrubar preços, artificialmente, no caso de concorrências públicas, em particular, apenas com o propósito de conquistar o cliente. É o que chamam de “comprar portifólio”. Diretores da FSB entendem que esse tipo de iniciativa até pode ser legítima, mas é complicada, diante da evolução natural do mercado: “Os próprios clientes já com alguma quilometragem rodada sabem muito bem com quais valores trabalha a indústria de comunicação corporativa e, ao verem uma equação que sabidamente não fecha, cercam-se de cuidados porque, no frigir dos ovos, terão de compartilhar a responsabilidade por eventuais fracassos. Na verdade, isso se volta contra todos nós. E, na área pública, a coisa ainda é mais complicada, porque, ao contrário da iniciativa privada, onde, dependendo da situação, você consegue corrigir certas distorções, no setor público isso não tem a menor chance de acontecer. Quem erra no preço terá de arcar com o prejuízo por pelo  menos um ano antes de ter a oportunidade de renegociar o contrato”, afirmam à publicação os empresários Tom Camargo e Marcos Trindade.

(Semana que vem, pós-Carnaval, tem mais. Até lá.)

25fev

Muito além da comunicação

O papel das agências de comunicação vai além… da comunicação. É o que se aponta no anuário da Mega Brasil. “Chega-se a um novo ciclo, em que, mais do que comunicação, as organizações querem de seus parceiros estratégias, diagnósticos, pesquisas, aconselhamentos, críticas, olhares, muito know-how, e, claro, junto com tudo isso, inteligência e ações planejadas para melhorar a imagem e os negócios”, afirma o texto do guia. A publicação traz alguns exemplos de agências que estão se alinhando ao novo perfil descrito. Uma delas é a CDN, destacada como pioneira no “alargamento de suas fronteiras” de atuação e, hoje, com nada menos que 18 núcleos de negócios. “Seguimos, de um lado, as demandas do mercado e dos clientes, e, de outro, usamos nossa capacidade empreendedora e nossos talentos para fazer o caminho inverso e chegar ao mercado com produtos, serviços e ideias novas. O resultado é essa estratégica diversificação que atingimos, o que nos torna uma agência completa, que oferece praticamente tudo o que os cliente precisam em termos de comunicação, com a óbvia sinergia que isso gera em termos de ação e resultados”, raciocina o presidente da CDN, João Rodarte. No entendimento de Cláudia Rondon, da RP1, também entrevistada pelo anuário, o trabalho das agências vai-se tornando cada vez mais estratégico e próximo do poder decisório dos clientes. Segundo ela, já faz parte do rol de atividades das agências a orientação para clientes em momentos de expansão, quanto à natureza dos mercados em que pretendem atuar, em busca de sinalizadores para um diagnóstico adequado e para planejar a comunicação dessa operação. “Estratégicos, somos mais requisitados; mais requisitados, somos mais estratégicos. E, nesse círculo virtuoso, além de ampliar os negócios, fidelizamos mais os clientes.”

(Segunda-feira tem mais.)