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17mai

Maio Roxo: profissional alerta para doenças inflamatórias intestinais

 

O Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (DII), instituído em 19 de maio, marca o mês da campanha Maio Roxo, que tem como objetivo promover maior conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais e melhoria na qualidade de vida dos pacientes. As principais doenças são a de Crohn e a colite ulcerativa, também conhecida como retocolite ulcerativa.

Segundo a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), ainda não se sabe qual a incidência no país. Mas estima-se que existam mais de 2 milhões de pacientes com DII nos Estados Unidos. Os homens e as mulheres parecem ser afetados em igual proporção — apenas nota-se que a doença de Crohn tem um ligeiro predomínio em mulheres. Apesar das DII acometerem indivíduos de todas as idades, elas são mais frequentes em jovens, com pico principal entre os 15 e 35 anos. Outro pico observado é numa faixa etária mais avançada, entre os 55 e 75 anos.

De acordo com Paulo Mafra, médico gastroenterologista que integra o corpo clínico do Hospital Dona Helena, as causas das DII ainda são desconhecidas. “A doença ocorre após uma resposta do sistema imunológico do indivíduo, provavelmente relacionada com fatores genéticos; fatores ambientais (vírus e bactérias); dieta com consumo exagerado de comidas industrializadas, com alto índice de gordura; tabagismo e estresse”, aponta. Esses fatores, segundo o profissional, desencadeiam uma inflamação muito grande nas paredes do intestino, levando às DII.

A doença de Crohn afeta predominantemente a parte distal do intestino delgado (íleo) e o intestino grosso (cólon), mas pode acometer qualquer parte do trato gastrointestinal. Diferentemente da doença de Crohn, em que todas as camadas da parede intestinal podem estar envolvidas e na qual pode haver segmentos de intestino saudável, normal, entre os segmentos doentes; a retocolite ulcerativa se caracteriza por acometer o cólon e o reto, atingindo mais a camada mucosa, provocando uma doença mais contínua.

“Os sintomas vão se relacionar muito com a extensão e a gravidade da doença. Os mais comuns são a diarreia, que pode ter, às vezes, sangue, muco ou pus; dores abdominais; cansaço; perda de peso não intencional; febre; evacuações com sangue; diminuição de apetite; e problemas na região peri-anal e no ânus”, elenca o médico. “Lembrando que, às vezes, essas doenças, apesar de acometerem o intestino, também têm manifestações fora dele, as chamadas manifestações extraintestinais, atingindo, por exemplo, as articulações, a pele, os olhos e o fígado.”

Não existe exame específico para identificar as DII, mas os pacientes podem ser submetidos a exames laboratoriais, de imagem e endoscópicos, como a colonoscopia. “O diagnóstico vai ser baseado numa boa avaliação clínica, numa boa anamnese do paciente”, frisa o especialista. “A colonoscopia, um procedimento feito pelo ânus, para avaliação do intestino grosso e do final do delgado — o íleo terminal —, é um dos principais exames para investigação dessas doenças e para diferenciação entre elas”, aponta. Além da visualização pelo exame, há coleta de biópsias que auxiliam na melhoria do diagnóstico. É possível ainda fazer exames radiológicos, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, enteroscopia e, em alguns casos, até o exame da cápsula endoscópica.

A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa não têm cura. “O tratamento das doenças inflamatórias intestinais é principalmente medicamentoso. O objetivo é diminuir os sintomas da fase aguda e depois manter o controle da doença ao longo da vida, com acompanhamento clínico. Usamos algumas drogas, como os derivados salicílicos, os corticosteróides, os imunossupressores e os agentes biológicos. Além dos antibióticos, que utilizamos mais nos quadros infecciosos, como os que cursam com abcessos e fístulas anais”, detalha Paulo, sublinhando que o tratamento cirúrgico geralmente é reservado para as situações mais complexas.

Complicações graves podem ocorrer caso o paciente não trate a DII. Por isso, a importância do diagnóstico precoce. “No caso da retocolite ulcerativa, se não tratada, pode gerar colites graves, perfuração intestinal, megacólon tóxico, que é uma distensão exagerada do intestino (podendo levar a formação de úlceras e de perfuração do mesmo), sangramento retal e o risco aumentado de neoplasia, de câncer de intestino”, alerta o gastroenterologista.  Na doença de Crohn, podem ocorrer complicações infecciosas como os abscessos intra-abdominais, e o paciente também pode apresentar perfurações intestinais. “Pode ocorrer estenose, o estreitamento da parede do intestino, obstrução intestinal, além do aparecimento de fístulas anais”, completa.

16nov

Hospital Dona Helena completa 104 anos celebrando conquistas de 2020

Uma das principais referências na área da saúde no Sul do Brasil, o Hospital Dona Helena comemora 104 anos nesta quinta-feira, dia 12. A instituição centenária celebra seu crescimento na maior cidade catarinense, oferecendo serviços humanizados com cada vez mais qualidade e complexidade.

“Zelar pela vida das pessoas é a nossa missão. E mesmo em meio a um ano desafiador, avançamos e vencemos. Com planejamento, otimismo e determinação, seguimos com o comprometimento de prover sempre o melhor cuidado a cada paciente, agregando valor e humanização a uma prática clínica integrada ao ensino e à pesquisa”, aponta Tadeu Chechi, diretor geral da instituição.

Um dos maiores desafios está sendo o enfrentamento à pandemia da Covid-19. Chechi avalia que a equipe do Dona Helena, integrada por 870 profissionais, enfrentou bem a situação até aqui, sem caso grave de Covid-19 no próprio quadro. “Nenhum funcionário nosso precisou de internação por Covid-19”, diz o diretor geral.

Acreditado há 6 anos por uma das mais rígidas certificadoras do mundo, Joint Commission International, JCI, e pelas normas ISO 9001, a instituição forma e capacita profissionais, crescendo de forma sustentável e superando desafios. Neste ano, além das reacreditações mencionadas, o Hospital Dona Helena também foi destaque em qualidade de atendimento com índice NPS de 70% e se consagrou como instituição da década no Prêmio Excelência da Saúde 2020, do Grupo Mídia, pelo conjunto de sua história centenária e sua relevância para a saúde brasileira.

Em 2020, ainda, o hospital consolidou o Onco Center, serviço especializado de oncologia disponível em seu amplo Centro Clínico, disponibilizando o acesso aos mais modernos e complexos recursos da área. Também houve a criação de ambulatórios especializados em otorrinolaringologia e cabeça e pescoço.

12ago

Agosto Branco: especialista alerta para prevenção do câncer de pulmão

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pulmão é o segundo mais comum no Brasil, sendo também o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão. Em aproximadamente 90% dos casos diagnosticados, a doença está associada ao consumo de derivados de tabaco. Com o objetivo de diminuir esses índices, neste mês, ocorre a campanha “Agosto Branco”, que visa a prevenção e conscientização para este tipo de câncer.

O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. “A maioria dos pacientes com câncer de pulmão têm histórico de tabagismo. Outros fatores de risco menos comuns são: exposição à radiação, residir em local com elevado índice de poluição do ar e histórico familiar de câncer de pulmão”, aponta Lucas Sant’Ana, médico oncologista que integra o corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC).

Nos homens, o câncer de pulmão ocupa a 3ª posição em incidência e, entre as mulheres, o 4º lugar. A média de idade de diagnóstico se situa em torno dos 65 anos. O câncer de pulmão possui comportamento agressivo e os sintomas decorrentes dessa doença se agravam conforme ela avança. Entre eles, estão tosse persistente, falta de ar, dor ao respirar e perda de peso inexplicada. “Tradicionalmente, de acordo com a histologia, o câncer de pulmão sempre foi dividido em duas categorias: pequenas células e não pequenas células, sendo o primeiro grupo de comportamento mais agressivo. No entanto, as pesquisas em câncer de pulmão têm avançado muito nos últimos anos e atualmente temos identificado diversas alterações moleculares específicas que subclassificam os tumores em vários outros grupos”, explica o médico oncologista.

Segundo o especialista, o tipo de tratamento depende principalmente do estágio em que a doença se encontra. “Nas fases mais iniciais a cirurgia é a principal ferramenta. Já nas mais avançadas, pode-se lançar mão da radioterapia e medicações específicas (quimioterapia, terapia alvo ou imunoterapia)”, aponta. “Caso o paciente seja elegível para uma cirurgia, pode ser necessário retirar parte ou mesmo todo o pulmão acometido, procedimento que carrega risco cirúrgico inerente. Além disso, pode ainda haver diminuição permanente do fôlego do paciente, devido à retirada do pulmão. Caso ele não seja elegível para a cirurgia, utiliza-se medicação venosa ou comprimidos, que podem trazer uma série de efeitos colaterais, a depender da terapia escolhida”, detalha o médico.

A possibilidade de cura relaciona-se diretamente com o estágio em que o câncer se encontra, por isso a importância do diagnóstico precoce. “Em fases mais precoces, há elevadas chances de cura mas, à medida em que doença avança, essas chances diminuem”, alerta Lucas. Atualmente, é preciso atentar-se ainda mais para a prevenção, pois pacientes com câncer de pulmão geralmente têm limitações pulmonares e possuem outras comorbidades, como hipertensão arterial, todos fatores de risco caso se infectem com a Covid-19. A cessação do tabagismo é crucial para reduzir as chances de desenvolvimento deste tipo de câncer. “Para pacientes tabagistas e com risco mais elevado de desenvolver câncer de pulmão, recomenda-se realização de tomografia de tórax anuais a partir dos 55 anos”, aconselha o especialista.

10ago

Hospital Dona Helena implanta Serviço de Otorrinolaringologia junto ao Centro Clínico

Área da medicina que trata das doenças ligadas ao ouvido, ao nariz e à garganta, como também às estruturas relacionadas com eles, como cabeça e pescoço, a otorrinolaringologia ganha um serviço especializado no Hospital Dona Helena. Coordenado pela médica Daniela Boeira da Silva, o serviço vai funcionar no 10º andar do Centro Clínico da instituição. De acordo com Daniela, esse é justamente o principal diferencial, à medida que poderá trazer “um diálogo mais coerente, pela proximidade com áreas tão afins quanto fonoaudiologia, pediatria, neurologia, clínica médica, infectologia, cirurgia buco-maxilo facial, e todas que podem fazer parte da sua multidisciplinaridade”.

O ambulatório, diz ela, traz a possibilidade de centralizar toda a informação do paciente em um só local, otimizando o atendimento. “A equipe foi construída pensando em contemplar o máximo das áreas de interesse da otorrinolaringologia, no âmbito clínico e cirúrgico, com a identidade do Dona Helena”, resume Daniela. Os profissionais atuarão tanto no ambulatório quanto nas cirurgias da especialidade, nos pareceres de pacientes internados e urgências, unificando as condutas do serviço. “Dessa forma, poderão ser elaboradas condutas baseadas em evidências científicas, individualizadas e personalizadas para as necessidades de cada paciente”, garante a coordenadora, frisando a importância de se contar com a segurança de um centro hospitalar, para os cuidados com o paciente, o que minimiza o risco biológico dos procedimentos.

 

O novo serviço vai atuar com consultas agendadas, para pacientes particulares ou via convênios de saúde.

 

Agendamento on-line: hospitaldonahelena.centraldemarcacao.com.br. Telefone: (47) 3451-3322.

10ago

Agosto Dourado: campanha alerta para a importância do aleitamento materno

A luta pelo incentivo à amamentação é tema de campanha do chamado Agosto Dourado, cuja cor está relacionada ao padrão ouro da qualidade do leite materno: estudos comprovam que ele é capaz de salvar vidas de cerca de 13% das crianças, menores de cinco anos, em todo o mundo. No mês, também se realiza a Semana Mundial do Aleitamento Materno, trazendo o tema “Apoie a amamentação para um planeta mais saudável”, eleito pela Aliança Mundial para a Amamentação (WABA, na sigla em inglês). O tema busca enfocar o impacto da alimentação infantil no meio ambiente/mudanças climáticas e a necessidade de se proteger, promover e apoiar a amamentação para a saúde do planeta e de sua população.

Além de possuir os nutrientes básicos essenciais, como hidratos de carbono, proteínas e gorduras, bem como água, o leite materno possui milhões de células vivas, incluindo os glóbulos brancos, que reforçam o sistema imunitário, e células estaminais, que auxiliam no desenvolvimento e regeneração dos órgãos. “O leite materno é e sempre vai ser o alimento ideal para iniciar a dieta de um bebê. É o alimento mais completo, vivo e ativo. Começa como colostro, que é uma pequena quantidade, rica em anticorpos (o que o bebê inicialmente precisa), e evolui para um leite mais maduro, mais rico em gordura e proteína, acompanhando, assim, o crescimento normal do ser humano”, detalha Renata Gonçalves Ribeiro, pediatra, neonatologista e coordenadora médica da UTI neonatal do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC). 

Os anticorpos estão presentes somente no leite materno, garantindo a proteção inicial do bebê, ainda indefeso e imaturo, que nasce com uma pequena quantidade fornecida pela mãe via placenta. “O bebê só começa a produzir uma quantidade maior de anticorpos a partir do sexto mês, então é muito importante que esse bebê seja amamentado”, frisa Renata. Além do benefício relacionado ao sistema imune, sabe-se que o bebê que é amamentado no seio materno tem melhores índices de desenvolvimentos cognitivo, psicomotor, auditivo e visual. Também tem menos chance de desenvolver outras doenças. “As crianças têm oito vezes menos chances de desenvolver tumores na infância, principalmente as leucemias e os linfomas.”

Segundo a médica, um bebê deve receber leite materno exclusivo até o sexto mês. A partir de então, a alimentação complementar deve ser introduzida. “Mas se estimula que o leite materno seja mantido até dois anos ou mais, depende de cada caso”, aponta. A profissional reitera a importância da qualidade do leite materno, cuja composição independe da alimentação da mãe: “É um alimento perfeito para a criança.” No entanto, orienta que as mães mantenham uma alimentação saudável e regrada. “A preocupação maior é com a quantidade. Alguns alimentos ricos em ômega, como peixe, podem fazer com que a mãe tenha mais facilidade para produzir o leite”, justifica. 

 

É preciso empoderamento

Para Renata, as mães precisam se empoderar na função da maternagem. “Normalmente o leite seca na cabeça antes de secar no peito. A mãe precisa ter muita vontade, ver que aquela criança tem necessidades para enfrentar essa transição do período fetal para o meio extrauterino. Muitas vezes, as mães não estão preparadas para isso, pois não é uma tarefa fácil, exige muito esforço, físico inclusive, para atender prontamente ao bebê sempre que ele precisar. É a principal dificuldade”, conta, citando que, por vezes, também existem obstáculos com a própria mama, em relação ao tipo de bico e fissuras, que podem provocar dores na hora de amamentar.

O aleitamento materno é indicado para todas as mães, com poucas exceções. “Há contraindicação para as mães HIV positivo. Algumas doenças neonatais, como galactosemia [incapacidade do organismo de metabolizar a galactose em glicose] e a intolerância congênita à lactose são também contraindicações à amamentação. Mas é um diagnóstico feito pelo acompanhamento ao pediatra e são condições extremamente raras. Alguns medicamentos também podem contra indicar a amamentação, mas é necessário sempre discutir com o obstetra e o pediatra para ver se realmente é preciso suspender a amamentação”, explica a pediatra e neonatologista.

O incentivo à amamentação também é necessário para o abastecimento dos bancos de leite. “Eles coletam o leite de doadoras, processam e pasteurizam o leite para que possa ser fornecido para crianças com diagnósticos de maior gravidade, como, por exemplo, prematuros internados em UTI neonatal. Os profissionais que atuam nos bancos de leite estão preparados também para ajudar as mães com as questões de amamentação, dando as melhores orientações, como a pega correta do bebê ao seio, por exemplo”, informa.

Preocupado em auxiliar as mães no momento após o nascimento dos bebês, o Hospital Dona Helena desenvolveu um programa de acompanhamento sistêmico das crianças, denominado “Nascer e Crescer no Dona Helena”. O propósito é ajudar as mães em todos os cuidados necessários no período inicial, com atenção especial à amamentação do bebê. O hospital compreende a importância deste processo para mães e filhos, viabilizando um acompanhamento contínuo, integral e humanizado com seus profissionais pediatras, o que possibilita um trabalho preventivo que garante o crescimento saudável da criança.