Futebol e bons negócios
Copa do Mundo de 2014, Olimpíadas de 2016, mudanças recentes de ordem legal e boas perspectivas de mobilidade social dos cidadãos que vivem na base da pirâmide econômica. São alguns dos fatores que se somarão para produzir um “tsunami de negócios” em vários segmentos, com ênfase nas atividades ligadas à comunicação, segundo estimativa do Anuário Brasil. A questão legal diz respeito ao advento da Lei 12.232, de abril de 2010, que obriga as instituições públicas a promover licitações específicas para as áreas de propaganda, comunicação corporativa, eventos e afins. A mudança acaba com a prática que era comum nesse meio, pela qual o governo licitava contratos apenas com a área de publicidade e a verba também contemplava contratações de atividades congêneres, encarecendo o processo de maneira geral. Já a onda de megaeventos que vêm por aí vai tornar o Brasil protagonista no cenário esportivo internacional, motivando uma aceleração sem paralelo no setor de serviços, abrangendo consultorias de comunicação e assessorias de imprensa. “Esse megadesenvolvimento, que mobilizará boa parte das grandes marcas presentes no país e outras que para cá vierem, deverá ser também uma alavanca de negócios para as empresas do setor, visto que quem fizer ações com o objetivo de associar sua imagem aos eventos precisará comunicar isso”, assinala o anuário. A explosão de oportunidades vai além de fatores conjunturais, como o aquecimento da economia e os eventos de porte, chegando aos estruturais, como a ascensão social que se verifica no país atualmente. “Isso vai provocar mais uma explosão em todos os campos da atividades econômica, em especial nas áreas ligadas ao consumo, mas também na indústria de base, na infraestrutura de transportes e obviamente na prestação de serviços. Vamos ser, daqui alguns anos, outro país, com parcelas gigantescas da população demandando uma nova postura das organizações, seja em relação aos produtos e serviços oferecidos, seja no campo da comunicação corporativa e mesmo publicitária. Haverá uma necessidade de interlocução com o mercado, governo, acionistas, comunidades, além de demandas por estudos de mercado, estratégias de marca etc.”, é a leitura do presidente brasileiro da Burson-Marsteller, Francisco Carvalho. Bons ventos pela frente, portanto.
(Amanhã tem mais.)
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