Mídia especializada para pequenas e médias
Texto: Paulo Vieira Lima
Fonte: Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa 2012, p. 142
“A ascensão social e o crescimento econômico vivenciados em nosso País têm permitido a entrada de milhares de novos consumidores no mercado. Quando falamos do universo da comunicação corporativa, esse fato impacta diretamente no aumento da necessidade de diálogo entre a empresa e esses novos consumidores”, diz a executiva Regina Gobbo. De acordo com ela, adicionalmente, como consequência da entrada de mais consumidores no mercado, há um crescimento considerável dos contatos junto ao Serviço de Atendimento ao Consumidor das empresas, maior cobrança em relação às práticas de responsabilidade social e prestação de contas, além das menções espontâneas nas redes sociais. Esses são apenas alguns exemplos resultantes da ascensão da classe média que podem impactar diretamente na reputação das empresas.
Para Regina é “fundamental que empresas e marcas tenham um posicionamento bem definido, além de práticas de comunicação ágeis e precisas para conseguirem atender com sucesso aos anseios dos novos consumidores”.
Se há similaridade entre os novos consumidores e as micro e pequenas empresas quanto à sua importância na economia, não é preciso recomendar que esses dois atores sociais recebam da mídia o mesmo tratamento. Os veículos de informação abrem espaço para mostrar o potencial de consumo entre os consumidores emergentes, mas o mesmo não ocorre quando uma empresa de pequeno porte precisa ser divulgada.
Trata-se de uma dificuldade recorrente e que pode ser superada com pró-atividade da assessoria, a partir de uma boa estratégia que contribua para transformar essa micro ou pequena empresa em notícia, recomenda Kátia Penteado, da Vetor. Um dos caminhos mais seguros para isso é a aproximação com a mídia especializada. Tão logo o cliente da assessoria adquira status de fonte de informação, é natural que a mídia em geral a procure para obter dados para matérias. Será a fase em que é importante citar experiências bem sucedidas e que possam motivar para pautas exclusivas.
(…)
No bojo de todos esses fatores está a constatação de que a comunicação que faz a boa imagem das grandes corporações pode se adequar à linguagem de um segmento da população que não quer só comida. Quer diversão, arte e um tratamento digno, o que representa um sinal de possibilidades de trabalho para quem trabalha com a atividade econômica que faz a ponte entre fontes de informação e veículos de comunicação.
Comentários (0)
Os comentários estão fechados.