Planejar se torna lema das áreas de comunicação
Recentemente, aqui, na Mercado de Comunicação, participamos do curso online “Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a mídia”, do Instituto Superior de Comunicação (Iscom). Dentre os pontos que mais chamaram a atenção, está a constatação de que os setores de comunicação não podem mais ser ilhas, separadas do contexto empresarial. O conceito de comunicação integrada faz com que os profissionais comecem a pensar de forma estratégica, participando dos planos da organização.
Assim, torna-se imprescindível que os profissionais da comunicação troquem informações com outras áreas, a fim de enriquecer o processo comunicacional, tão importante para as empresas. Como enfatiza Wilson da Costa Bueno: “O assessor de imprensa não é mais um mero produtor de releases (será que o bom assessor de imprensa se reduziu a isso algum dia?) , mas um estrategista, um gestor de informação (e você achava que só o seu “baita” texto e o seu faro iriam segurá-lo a vida toda?)”.
Todo trabalho de comunicação deve começar com um levantamento de pontos fracos e fortes da instituição e a posterior produção de um plano de divulgação, que possa prever ações futuras e seus possíveis impactos.
Com a era da informação e as novas tecnologias, a palavra planejar virou lema para todos que estejam em exposição na mídia. Os efeitos podem ser muito perigosos se não houver planejamento e planos para “socorrer” as empresas em momentos de crise.
O professor Aldo Schmitz explicita: “Mas cabe ao profissional de comunicação tomar a iniciativa e propor uma comunicação articulada, que se integre à gestão, ao planejamento estratégico e ao marketing. Comunicação integrada para valer obedece a uma política de diretrizes comuns”.
Mais do que jornalista ou assessor de imprensa, é preciso ser um profissional da comunicação, apto a dialogar com diferentes áreas da empresa, para promover um plano estratégico que vise alcançar metas e contribuir com a visão/missão da empresa. O discurso precisa ser homogêneo para que a organização passe uma imagem de credibilidade e confiança a seus públicos. O professor Aldo Schmitz explica que: “Planejar significa antecipar cenários, avaliar casos de outras organizações e monitorar situações de risco. As palavras-chave são previsão e reação”.
Além de planejar e agir, é preciso avaliar e mensurar. Jornalistas costumam sentir calafrios com as palavras “relatórios e números”, mas eles são de suma importância para a demonstração do impacto das ações comunicacionais. A avaliação posterior também contribui para o levantamento de erros e acertos durante os processos, contribuindo para melhoria contínua das ações. Como afirma Gisele Lorenzetti, profissional de relações públicas, sócia e diretora da LVBA Comunicação: “Assim como é impossível construir uma casa sem um projeto de arquitetura e engenharia, é absurdo desenvolver um projeto de comunicação sem um planejamento estratégico – consistente e profissional – com base em diagnósticos precisos e com olhos nos objetivos estratégicos das corporações”.
Confira a reportagem com Roberto Castro Neves, falando sobre crises e a postura das empresas: Empresa em crise e imprensa
Por Letícia Caroline
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