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 13out 

Prêmio movimenta o setor literário de Joinville

 

(Ana foi participar de uma aula de Redação Jornalística no Ielusc. Falou sobre o prêmio literário. Aqui, um dos textos produzidos pelos alunos a partir da conversa.)


Hassan Farias

Ivan Lemke, Melanie Peter, Clotilde Zingali, Robson Passos e Daniele Silveira. Nomes aparentemente desconhecidos, mas com algo em comum: todos foram vencedores do Prêmio Joinville de Expressão Literária. Iniciado em 2004, o concurso tem o intuito de garimpar novos talentos e valorizar os escritores joinvilenses. O prêmio, que impulsiona a produção literária da cidade, chega à 7ª edição e está aberto a contos, crônicas e poesias de autores de Joinville e região. As inscrições vão até 29 de outubro.

Promovido pela agência Mercado de Comunicação em parceria com a Univille, o evento foi idealizado pela jornalista e cronista Ana Ribas Diefenthaeler. Ela diz que sempre teve “uma relação visceral com a literatura” e se diz muito orgulhosa ao constatar que sua iniciativa contribuiu para o surgimento de muitos nomes na literatura joinvilense. Ana conta que pessoas que se inscreveram no concurso sem maiores pretensões “acabaram se descobrindo na literatura”. Clotilde Zingali é um exemplo. A escritora paulista, que já lançou três livros, concorreu em 2005, quando ganhou o 1º lugar na categoria poesias com “Anamnese”. Na terceira edição, em 2006, recebeu menção honrosa na categoria contos.

A coordenadora entende que a dificuldade de motivar mais escritores e grandes nomes surge de um problema histórico do Brasil. A população não lê e, consequentemente, não escreve. Para ela, Joinville passou por mudanças significativas em seu próprio perfil e vem aumentando aos poucos a oferta de opções culturais, mas a dificuldade em encontrar patrocínio ainda é grande. As empresas que apoiam esse tipo de projeto podem, em alguns casos, abater o investimento em impostos, mas, na opinião da jornalista, em Joinville elas continuam visando unicamente ao lucro. Porém, Ana defende que os artistas não podem depender apenas de empresas. “A classe artística não pode se acomodar e tem que encontrar outras formas de arrecadar dinheiro”, defende.

Além de revelar novos nomes e premiar os melhores textos, o concurso também prevê o lançamento de um livro a cada dois anos com os melhores trabalhos. No ano passado, houve o recorde de participações, com cerca de 400 textos inscritos. A meta para este ano é de 300 trabalhos, o que corresponde à média anual. Até 2008, o prêmio contava também com a categoria escolar, mas, com a perda de patrocínio, ela foi extinta. Neste ano, o limite de idade caiu de 16 para 12 anos, justamente para contemplar esses autores prejudicados com a saída da categoria. Qualquer pessoa de Joinville e região pode participar. O primeiro colocado receberá R$ 1.100, o segundo, R$ 550, e o terceiro, R$ 330. Além disso, serão entregues menções honrosas aos trabalhos que se destacarem em todas as categorias.

Para participar, serão aceitos no máximo três trabalhos por pessoa. Os textos devem ser entregues na Univille ou na Mercado de Comunicação, rua Uruguai, 253, no bairro Floresta, em envelopes fechados. Inscrições por e-mail não serão aceitas.

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