Um a um
Foi-se o tempo da mídia de massa. O novo século está sendo marcado pelo advento da comunicação “um a um”, o que detona uma crise sem precedentes na publicidade, no marketing e nas relações públicas. O raciocínio é do jornalista Paulo Nassar, em um dos artigos que abrem o anuário da Mega Brasil. Diz ele: “A ideia de poucos transmitindo informações para muitos, em canais escassos e profícuos, está desmoronando”. A onda de transformações técnicas e econômicas que estamos vivenciando teria produzido, segundo a visão do autor, algumas tendências fundamentais. As principais: (1) o surgimento do tempo real nas comunicações, acessível a todos; (2) o surgimento de novos públicos para a comunicação institucional, não mais concentrada em jornalistas, clientes e políticos, mas agora com o alvo em segmentos como estudantes e fornecedores, além de, particularmente, as comunidades, vizinhas à organização ou mesmo as virtuais; (3) a entrada de novas mídias no cenário, a exemplo do Twitter, ao lado de busdoors e mensagens via celular. O autor finaliza o artigo sublinhando que “uma comunicação saudável pressupõe a construção conjunta de ações e de conteúdos”, não mais restrita à área de tecnologia ou, digamos, à parceria com os clientes, e passando a envolver, entre outros aspectos, parcerias com organizações não-governamentais. Um dos pressupostos, nesse cenário, seria a transparência como “caminho irreversível” para as empresas, ao ponto de que caberia aos profissionais de comunicação o papel de “ensinar suas empresas a escancarar os portões”.
(Segunda-feira, mais informações e ideias extraídas do guia da Mega Brasil)
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